O Masshysteri é outra banda de Umea, faz um som na linha do punk e do post punk, canta em suéco e possui dois álbuns Var Del Av Stan de 2008 e um self title de 2010. Robert Pettersson, nos vocais e guitarra, é o mesmo que tocava contrabaixo no Regulations. O leitor atento irá perceber que o local onde eles tocam é o mesmo do vídeo do AC4, que também possui um membro do Regulations, o baterista Jens Nordén. Na verdade, o vídeo se trata de uma festa realizada em 19/06 de 2009 por ocasião do aniversário do Dennis Lyxzén do AC4. Curtam o som!
domingo, 30 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Las Robertas - lofi punk da Costa Rica
Se você gosta de Dum Dum Girls e Vivian Girls com certeza irá apreciar Las Robertas. Elas lançaram um disco esse ano com o nome de Cry out Loud e que passei pelas fronteiras sonoras das bandas já citadas, ou seja, o lofi, shoegaze, punk e reminiscências de girl groups. Além do som, que segue essa escola atual de bandas, o que mais me impressionou foi que elas são da Costa Rica, mais especificamente da capital San José. Não é muito comum sabermos de bandas da América Central, e de repente ter conhecido Las Robertas foi uma boa surpresa. Abaixo segue um vídeo das garotas.
Marcadores:
00's punk,
2010,
Costa Rica,
Las Robertas,
low-fi,
punk,
shoegaze
00's generation - sintetizando 30 anos de música alternativa
As bandas da década 00 emularam vários sons do rock alternativo da geração de 77, dos anos 80 e dos 90 também. Talvez as Vivian Girls sejam o nome que melhor representa o que estou falando. Ao mesclarem em faixas de três minutos punk com lo fi dos anos 80, como Beat Happening, e o shoegaze, tipo My Bloody Valentine. A recente geração vem fazendo um som novo que historicamente só poderia surgir nos dias de hoje, pois fundem os sons e melodias de três décadas passadas e se beneficiam do acúmulo estético de mais de 30 anos de música alternativa. Á fórmula punk-lofi-shoegaze você acrescenta as variantes garage rock (Jay Reatard), girl groups (Vivian Girls), o experimentalismo ala Crass do No Age, o power pop do Cheap Time e o noise punk do Wavves. O modus operandi das antigas bandas alternativas também foi mantido, o do it yourself não é somente um elemento estético, mas também prático, a maioria das bandas lança por selos independentes. Nesse sentido aqui vai uma lista das bandas que sintetizam o som de hoje e apontam para o que acontecerá nos próximos anos na música alternativa.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Germs - Live at the Starwood: December 3, 1980
“The Germs are to the Los Angeles punk scene what Brian Jones was to the Stones or Syd Barrett to Pink Floyd — the primal creative force that was both too flatulent to live with and too vital to have come into being without.” Jonathan Gold
No dia 7 de dezembro de 1980, Darby Crash cometia suicídio com uma overdose de heroína. Quatro dias antes o Germs fazia, sem saber, sua última apresentação com Darby como seu front man. Se não fosse a Rhino records esses seriam apenas dados cronológicos e necrológicos sobre a vida e morte de uma das figuras mais marcantes do punk de Los Angeles e do mundo. É que a gravadora acabou de lançar em cd o último show do Germs com Darby nos vocais. Com o nome de "Live at the Starwood: December 3, 1980" o disco não só tem todo um ar histórico, como dizem que é uma das melhores apresentações da banda. O Germs estava há um ano sem tocar junto, existia muita acumulação de energia primitiva para ser dissipada naquela noite de 3 de dezembro. A apresentação contém músicas de seu primeiro ep Lexicon Devil e do álbum GI. Além do menu clássico, possui a canção Lion's Share, gravada em 1979 e produzida por Jack Nietzsche para um filme com Al Pacino, Cruising, e um cover do Public Image LTDA, totalizando 22 faixas. Para os fanáticos, o disco inclui uma reprodução do cartaz do show e do set list da apresentação daquela noite. Um documento histórico da produção do Germs e da primeira geração do punk de Los Angeles que não pode passar batido pelos seus ouvidos.
Marcadores:
70's punk,
Germs,
punk,
Rhino records,
USA
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Dennis Lyxzén e o novo hardcore suéco
Se no final dos anos 90 você gostava do Refused e curtia aquela mistura ideológica de Maio de 68 com a classe de 1977 e toda sorte de experimentalismos, levados a sério pelo grupo para expandir o punk rock, e se depois você se interessou ainda mais pela mistura de comunismo e garage rock do International Noise Conspiracy, o nome Dennis Lyxzén lhe diz alguma coisa. Nada mais do que a cabeça pensante por detrás dessas duas grandes bandas suecas. Agora o jovem Dennis volta as suas origens com o grupo AC4 e despeja toneladas do velho e bom hardcore nos moldes dos anos 80. O AC4 lançou um disco (s/t) em 2009 pelo selo sueco NY Vag e mais alguns compactos. Uma observação quanto ao selo. Ele é meio que um espelho de Umea, a cidade de onde saiu gente como Regulations, Masshysteri e The Vicious, lançando material de todas esses bandas. Fiquem agora com um vídeo contendo apresentação do AC4 executando a maravilhosa Let's go to war, entre outras. Nos próximos posts, mais bandas suecas. Longa vida a Umea!
quarta-feira, 19 de maio de 2010
O que tem na bolsa das Vivian Girls?
Nesse vídeo as Vivian Girls revelam seu bom gosto.
Marcadores:
00's punk,
low-fi,
punk,
Vivian Girls
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Zulu Stomp - South Africa garage beats
Os dois volumes da compilação Cazumbi abriram um novo filão no universo do garage rock, o das bandas africanas dos anos 60. E é nesse mesmo espírito, e em tempos de Copa do Mundo de futebol na África do Sul, que o selo No Smoke dá continuidade a saga garageira em terras africanas com o lançamento de Zulu Stomp - South Africa garage beats. O Lp possui 18 faixas com 15 grupos diferentes e é um documento tanto da música pop sul-africana como do garage rock internacional.
Marcadores:
Africa,
comp,
garage,
South Africa,
Zulu Stomp
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Justin Bieber X Tiny Masters of Today
Enquanto todo mundo em 2010 perde tempo com o sex appeal infanto juvenil de Justin Bieber, eu gostaria de apresentar uma dupla de jovens irmãos que atendem musicalmente pelo nome de Tiny Masters of Today. Eles são Ivan de 16 anos e Ada de 14. São de Nova Iorque, especificamente do Brooklin e já lançaram dois álbuns Bang Bang Boom Cake (2007) e Skeletons (2009) além de eps, singles e participação na compilação ArtRocker (2006). Podemos dizer que o som segue uma tendência que ganhou corpo nos anos 2000, uma mistura de lo fi com punk rock e indie. Reconhecendo a heterogeneidade das bandas que seguem esse menu, podemos dizer que esses moleques fazem parte do mesmo bolo musical do Wavves, Lovvers, No Age e Vivian Girls, gente que escutou Ramones e Sonic Youth na mesma proporção. Voltando ao Tiny Maters, neles prevalece a essência sobre a aparência, não são tão "fofinhos" quanto o Bieber, mas são mais prolíficos e criativos. E não se deixem enganar pela idade, estão fazendo música acima da média de muito marmanjo ressuscitado dos anos 80.
terça-feira, 11 de maio de 2010
The Box Tops - The Letter
Apresentação do Box Tops com o finado Alex Chilton tocando The Letter e tirando onda com o playback
domingo, 9 de maio de 2010
Girls of Today
Cançado da Lady Gaga tocando incessantemente nas rádios e na MTV? A beleza da Beyoncé já te cançou? E a Amy Winehouse, cadê ela? Ai vai uma lista das garotas que vale a pena conhecer. Todas entre o folk, indie pop e neo soul. Enjoy!
1 Cat Power
2 Lady Dottie and The Diamonds
3 Nicole Willis
4 Emmy the Great
5 Sharon Jones and The Dap-Kings
6 Kate Nash
7 Feist
8 Regina Spektor
9 Lulina
10 Florence and The Machine
Marcadores:
female vocalists,
folk,
girls band,
indie,
neo soul,
soul
sábado, 8 de maio de 2010
Pavement X Afetação
Sabe do que tenho saudades? De quando a palavra indie significava independente, e isso servia para caracterizar o modus operandi de músicos e produtores, de bandas e selos que funcionavam por fora do grande mercado fonográfico, do mainstream. Hoje, a palavra virou uma panacéia, um guarda-chuva que engloba qualquer coisa que use uma franja, que goste de coisas fofas, de desenhos a lápis e tons pastéis ou meninos e meninas introspectivos de calças apertadas. Se em 1992 o Pavement lançava Slanted and Enchanted e era isso que chamavam de indie naquela época, hoje indie está mais para uma "tribo urbana", um mero visual adolescente ou pós adolescente, que em nada lembra o sentido original. Os indies de 2010 devem ter dificuldade de aceitar uma banda como Pavement, sem nenhuma afetação estilística, sem nenhuma franja e com roupas comuns, ser chamada de indie. Mas as palavras só revelam a história de seu tempo e se indie hoje significa franjas e poses afetadas, qualitativamente perdemos muito de seu conteúdo original. O indie morreu, viva o indie!
Assinar:
Postagens (Atom)