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Los Reactors - Dead in the Suburbs (Rip Off Records, 2004)
Me deparei essa semana com esses jovens dinamarqueses. Eles são o De Hoje Haele. Por mais que esse nome lhe faça lembrar algo em nosso idioma, não esqueça que isso é dinamarquês. Tem gente que diz que soam como o Redd Kross de "Born Innocent" e resgatam o Kalemaris, "proto punks" da Dinamarca. Exageros a parte, se eu fosse dizer com o que se parece, diria que é um killed by death punk com direcionamento power pop e uma certa sensilidade garageira. Eles lançaram duas cassetes, um ep em 150 cópias e depois o reprenssaram em mais 300 unidades. Esse vídeo é de um show em Berlin em abril desse ano. A primeira música é Sige Hej, que não tenho a mínima idéia do que significa, mas é ótima, muito boa até. Adoro a sonoridade dessa guitarra. Nesse momento eles estão fazendo uma turnê pelos EUA. O som você confere no myspace da banda.
Com seu som pop garage punk rock Jay Reatard vai dando cara própria à sua música. Essa canção é do novo álbum Wacht me Fall, lançado esse ano pela Matador Records. Ele sucede Blood Visions de 2006 e outros 11 singles publicados entre 2007 e 2008. Lançou também um split com o Sonic Youth nesse ano pela mesma Matador. O jovem Jimmy Lee Lindsay, seu nome verdadeiro, natural de Menphis (Tennessee), é bastante prolífico. Entre 1998 e 2006 participou de seis bandas diferentes, totalizando 43 lançamentos, entre singles e Lps. The Reatards foi seu primeiro grupo, com o qual lançou o lp Teenage Hate em 1998 pela sua conterrânea Goner Records. De lá pra cá até sua "carreira solo", como Jay Reatard, já tocou de tudo. Desde o garage punk a la Oblivians dos Retardados até experimentalismos synth punk no The Lost Sounds. Jay reatard parece ser mesmo sinônimo de hiperatividade.
2. The Beat - Don't wait up for me (1979)
The Beat é um dos clássicos do power pop americano. Um parente do Big Star nascido na Los Angeles da era punk, embebido em rock and roll de refrões que lhe perseguem durante todo um dia. Don't wait up... faz parte do único lançamento da banda, o disco homônimo de 1979 lançado pela Columbia. Depois seu vocalista Paul Collins lançou outro disco, já com o nome de Paul Collins' Beat, mas isso é outra história. Don't wait up for me parece um hit, cheira a hit, então deve ser um hit. No meu quarto eu sei que é.
3. The Neighborhoods - No Place Like Home (1980)
Essa canção saiu, junta com Prettiest Girl, num compacto lançado pela Ace of Hearts em 1980. Ela também faz parte da compilação Mass Ave., da série DIY da Rhino Records, que retrata o som de Boston no período 1975-1983 e que já tive a oportunidade de comentar aqui no blog. Outro detalhe é que a banda que aparece na capa desta compilação é o próprio Neighborhoods. Acho No Place Like Home a melhor canção deles. A segunda é She's so Good. Infelismente não se encontra essa mesma energia nos demais discos da banda. No place like home é basicamente um punk rock com sensibilidade power pop suficiente para criar aquela crueza doce que o punk comporta em sua essência.
Assista o clip de sugar cube do Yo La Tengo e conheça a verdadeira Escola do Rock. Esqueça os clubes indie, como um rock star você tem que pensar grande, como o rock de arena. Esqueça o Lou Reed e aprenda a ser um guitarrista de verdade dando piruetas com seu intrumento. Esqueça os discos legais dos anos 80 lançados pela SST, Touche & Go ou Rough Trade e adentre de cabeça na poética prog do Rush. E Jamais toque clarinete. Mas se lembre de tentar imitar Jimmy Page com um daqueles arcos de violino. O sucesso é garantido.