terça-feira, 29 de setembro de 2009

Los Reactors - Dead in the Suburbs (Rip Off, 2004)

Los Reactors é um daqueles segredinhos preciosos do punk rock. Desconhecido de muitos e que faz despertar a curiosidade de colecionadores, sempre atrás de mais um registro esquecido em algum rolo velho ou fita cassete mofada. Apesar do artigo em espanhol, a banda é americana, especificamente de Tulsa (Oklahoma). Sua discografia oficial se resume a dois singles, Dead in the Suburbs (1981) e Be a Zombie (1982), ambos lançados pela Cynykl Records. Na época eles foram bem recebidos nas collage rádios, e demais rádios independentes do começo dos 80, e possuíam certa quantidade de fãs na sua região. Contudo, depois o grupo caiu no esquecimento. Deixando para a posterioridade apenas seus dois compactos. Nos anos seguintes o grupo aparece em coletâneas piratas dedicadas à bandas obscuras. Surgem no centésimo volume da Killed by Death com as músicas Dead in the Suburbs e Laboratory Baby, ambas dos singles originais dos anos 80. O interesse pelos Reactors aumenta com o tempo e os curiosos queriam saber se existia algo além dos dois compactos. Em 1995 a Righteous Death Records vem saciar um pouco essa curiosidade e lança uma cassete, chamada Best of, com material inédito do grupo. A fita continha gravações ao vivo e de ensaios do grupo, inclusive com músicas até então inéditas. No ano 2000 o selo italiano Rave Up Records lança um LP contendo os dois compactos do grupo mais uma seleção das performances ao vivo contidas na fita Best of. Em 2004 a gravadora californiana Rip Off Records relançou em cd o material compilado pela Rave up em vinil. O disco levou o nome de Dead in the Suburbs, contendo ainda um vídeo com uma rara apresentação do grupo. Esse vídeo pode ser hoje visto facilmente no youtube. O que ressalta ainda mais a personalidade dos Reactors é seu teclado. Mas esqueça a sonoridade do garage rock sessentista ou seu revival, isso aqui está mais para uma espécie de new wave punk paranóica, que marca todo o percurso da canção Culture Shock. Essa música tem algo daquela tensão dos Screamers, tem algo de apocalíptico e desesperado, tem algo de Search & Destroy! Outros grupos também foram felizes na utilização de teclados, como os ingleses do Strangles. Em 2005 o grupo se reuniu para shows em sua cidade natal e em Nova Iorque, com planos de mais algumas apresentações para o futuro. E recentemente lançaram um dvd com essas apresentações, chamado Alive in the City que trás o grupo executando músicas nunca antes lançadas em cd, LP ou cassete. A criatividade dos Reactors fez com que sua música despertasse o interesse de outras gerações pelo seu legado. Bandas mais recentes como The Briefs tocaram em seus shows músicas como Dead in the Suburbs, provando a vitalidade da música dos Reactors.

Los Reactors - Dead in the Suburbs (Rip Off Records, 2004)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

V.A No New York (Antilles, 1978)

O punk rock foi um dos mais influentes acontecimentos na música pop. Você pode constatar isso através dos inúmeros subgêneros desencadeados a partir dele. Chamaram o que veio antes dele de proto punk e o que veio depois de post punk. As possibilidades que ele abriu, ou, reabriu, deram margem tanto ao pop da new wave como ao art rock do post punk. No entanto nem todas as manifestações derivadas a partir do punk do final dos anos 70 ganharam a visibilidade do post punk ou da new wave. Entre elas está a mais barulhenta e angular música proveniente de Nova Iorque. Estou falando da No Wave. Se a new wave era o filho radiofônico bastardo do punk e o post punk seu filho da escola de arte, o pessoal da no wave estava interessado, acima de tudo, em barulho. Assim como o post punk ele continha um ar avant garde e o gosto pela desconstrução de melodias e por sonoridades atônais. Mas tudo isso envolto em camadas de barulho. A raiva, a agressividade e o tom de confronto, tão característicos do punk, não foram deixados de lado. Basta constatar a maneira própria de James Chance cantar ou como o DNA se expressa. Uma das formações iniciais da no wave foi o Teenage Jesus and the Jerks, com a front woman, guitarrista e vocalista, Lydia Lunch. James Chance chegou a tocar seu sax desconstruído com eles, mas logo formou seu The Contortions. No entanto, a parceria está registrada num ep de 1979, chamado Pre Teenage Jesus, um raro momento de simbiose das duas figuras mais representativas da no wave. A compilação No New York, foi idéia de Brian Eno. Ele queria registar em um disco aquela cena experimental e barulhenta que se concentrava no East Village. Foi tentar convencer a Island Records para lança-la. E em 1978 sai pela subsidiária Antilles o disco com o Tennage Jesus, DNA, James Chance and The Contortions e Mars. Um registro fresquinho, vide o ano de lançamento. Alguns importantes nomes como o Theoretical Girls, de Glenn Branca, ficaram de fora. Mas mesmo assim ela consegue registar aquele curto período de ebulição experimental e agressiva que foi a no wave. Apesar de vida curta e, para alguns, de difícil digestão, a no wave deixou sua marca no espectro do rock alternativo. Thurston Moore e Lee Renaldo tocaram com Glenn Branca, que foi um dos mentores do pessoal que criou EVOL. Provavelmente sem a no wave não existiria o Sonic Youth.

track list

A1 Contortions - Dish It Out
A2 Contortions - Flip Your Face
A3 Contortions - Jaded
A4 Contortions - I Can't Stand Myself
A5 Teenage Jesus and The Jerks - Burning Rubber
A6 Teenage Jesus and The Jerks - The Closet
A7 Teenage Jesus and The Jerks - Red Alert
A8 Teenage Jesus and The Jerks - I Woke Up
B1 Mars - Helen Fordsdale
B2 Mars - Hairwaves
B3 Mars - Tunnel
B4 Mars - Puerto Rican Ghost
B5 D.N.A. - Egomaniac's Kiss
B6 D.N.A. - Lionel
B7 D.N.A. - Not Moving
B8 D.N.A. - Size

V.A No New York (Antilles, 1978)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

De Hoje Haele (2009)



Me deparei essa semana com esses jovens dinamarqueses. Eles são o De Hoje Haele. Por mais que esse nome lhe faça lembrar algo em nosso idioma, não esqueça que isso é dinamarquês. Tem gente que diz que soam como o Redd Kross de "Born Innocent" e resgatam o Kalemaris, "proto punks" da Dinamarca. Exageros a parte, se eu fosse dizer com o que se parece, diria que é um killed by death punk com direcionamento power pop e uma certa sensilidade garageira. Eles lançaram duas cassetes, um ep em 150 cópias e depois o reprenssaram em mais 300 unidades. Esse vídeo é de um show em Berlin em abril desse ano. A primeira música é Sige Hej, que não tenho a mínima idéia do que significa, mas é ótima, muito boa até. Adoro a sonoridade dessa guitarra. Nesse momento eles estão fazendo uma turnê pelos EUA. O som você confere no myspace da banda.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Som da Kombi 73 Podcast

Quem acompanhava o blog O Som da Kombi 73 sabia o que rolava por lá. Desde o garage norte-americano clássico do Seeds até garagem japonesa (Carnabeats), europeu (Los Brincos) do Paquistão (The Mods) e a nossa garagem brasileira. Agora o Cláudio Cox, autor do blog, está compartilhando sua discoteca e seu conhecimento através do podcast O Som da Kombi 73. Até agora já foram 5 programas, com a mesma variedade geográfica contida no blog. E a locução do Cláudio é um show a parte. Não deixe de escutar e de conhecer um pouco mais do rock de garagem, o primeiro tipo de rock a receber a denominação de punk rock, ainda nos anos 60.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Podcast Lixo Jovem online









Enquanto o segundo programa não fica pronto, escute o Podcast Lixo Jovem #1 agora online. Caso queira fazer o download dele vá na coluna esquerda do blog e acesse lá. Ele também pode ser baixado no PodOmatic

Jay Reatard - It Ain't Gonna Save Me (2009)



Com seu som pop garage punk rock Jay Reatard vai dando cara própria à sua música. Essa canção é do novo álbum Wacht me Fall, lançado esse ano pela Matador Records. Ele sucede Blood Visions de 2006 e outros 11 singles publicados entre 2007 e 2008. Lançou também um split com o Sonic Youth nesse ano pela mesma Matador. O jovem Jimmy Lee Lindsay, seu nome verdadeiro, natural de Menphis (Tennessee), é bastante prolífico. Entre 1998 e 2006 participou de seis bandas diferentes, totalizando 43 lançamentos, entre singles e Lps. The Reatards foi seu primeiro grupo, com o qual lançou o lp Teenage Hate em 1998 pela sua conterrânea Goner Records. De lá pra cá até sua "carreira solo", como Jay Reatard, já tocou de tudo. Desde o garage punk a la Oblivians dos Retardados até experimentalismos synth punk no The Lost Sounds. Jay reatard parece ser mesmo sinônimo de hiperatividade.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Agenda



Dia 12/09 (Sábado)
Ing:5 reais
Hr: 22:00h
Info:8047712

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Rádio Rotina - canções que alegram meu dia e arruinam meus estudos

Hits da semana ou canções que fazem meu dia feliz, mas arruinam meus estudos

1. Los Reactors - Culture Shock (1981)

Los Reactors é um daqueles segredinhos preciosos do punk rock. Apesar do artigo em espanhol, a banda é americana, especificamente de Tulsa (Oklahoma). Sua discografia oficial se resume a dois singles, Dead in the Suburbs (1981) e Be a Zombie (1982). Parece que eles foram bem recebidos nas collage radios e demais rádios independentes no começo dos 80 e possuiam uma certa quantidade de fãs na sua região. Mas depois caiu no esquecimento. A banda aparece no centésimo volume da Killed by Death, com as músicas Dead in the Suburbs e Laboratory Baby. Em 2004 a gravadora californiana Rip Off Records compilou os dois singles mais gravações ao vivo e lançou em cd, com o nome de Dead in the Suburbs. O que ressalta ainda mais a personalidade do som dos Reactors é seu teclado. Mas esqueça a sonoridade do garage rock, isso aqui está mais para um raw new wave paranóico. Que marca todo o percurso de Culture Shock. Essa música tem algo daquela tensão dos Screamrs, tem algo de apocalíptico e desesperado. Search & Destroy! Penso em outros grupos punks com teclado e logo me vem a mente o Strangles. Em 2005 o grupo se reuniu para shows em sua cidade natal e em Nova Iorque, com planos de mais alguns para o futuro. Recentemente lançaram um dvd com essas apresentações.

2. The Beat - Don't wait up for me (1979)

The Beat é um dos clássicos do power pop americano. Um parente do Big Star nascido na Los Angeles da era punk, embebido em rock and roll de refrões que lhe perseguem durante todo um dia. Don't wait up... faz parte do único lançamento da banda, o disco homônimo de 1979 lançado pela Columbia. Depois seu vocalista Paul Collins lançou outro disco, já com o nome de Paul Collins' Beat, mas isso é outra história. Don't wait up for me parece um hit, cheira a hit, então deve ser um hit. No meu quarto eu sei que é.

3. The Neighborhoods - No Place Like Home (1980)

Essa canção saiu, junta com Prettiest Girl, num compacto lançado pela Ace of Hearts em 1980. Ela também faz parte da compilação Mass Ave., da série DIY da Rhino Records, que retrata o som de Boston no período 1975-1983 e que já tive a oportunidade de comentar aqui no blog. Outro detalhe é que a banda que aparece na capa desta compilação é o próprio Neighborhoods. Acho No Place Like Home a melhor canção deles. A segunda é She's so Good. Infelismente não se encontra essa mesma energia nos demais discos da banda. No place like home é basicamente um punk rock com sensibilidade power pop suficiente para criar aquela crueza doce que o punk comporta em sua essência.


sábado, 5 de setembro de 2009

A verdadeira Escola do Rock



Assista o clip de sugar cube do Yo La Tengo e conheça a verdadeira Escola do Rock. Esqueça os clubes indie, como um rock star você tem que pensar grande, como o rock de arena. Esqueça o Lou Reed e aprenda a ser um guitarrista de verdade dando piruetas com seu intrumento. Esqueça os discos legais dos anos 80 lançados pela SST, Touche & Go ou Rough Trade e adentre de cabeça na poética prog do Rush. E Jamais toque clarinete. Mas se lembre de tentar imitar Jimmy Page com um daqueles arcos de violino. O sucesso é garantido.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Agenda - Sessão Vegeta

FILME E RANGO = 8 R$

Prato principal: Son Of Rambow

Sobre o filme: Will é uma criança que quer fugir da sufocante vida com sua família extremamente religiosa, quando encontra Lee Carter, o valentão da escola. Armado com uma câmera e uma cópia de “Rambo: Programado para Matar”, Lee planeja fazer história filmando seu próprio filme. Juntos, transformados em cineastas logo descobrem que sua imaginativas – e as vezes atrapalhadas – aventuras começaram a ter vida própria!

Gênero: Comédia
Tempo de duração: 96 minutos
Ano de Lançamento (França, Alemanha, UK): 2007
Elenco: Neil Dudgeon, Bill Milner (Will), Zofia Brooks (Tina), Tallulah Evans (Jess), Adam Godley]
Trilha sonora inclui canções de Duran Duran, Siouxie and the Banshees e The Cure.

Data: Sábado (12 de setembro)
Local: Restaurante Haribol, Rua Nossa Senhora dos Remédios 158, Benfica.
Horário: A partir das 16h (com música ambiente)
Entrada: 8 reais.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=42LzLOO2NLw

Contato para vendas antecipadas: 9197-2193 e 8674-9458.
Apenas 35 ingressos à venda