quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Os Baobás - Bye Bye Darling / Pintada de Preto ( 1966, Mocambo/Rozenblit)
Primeiro lançamento do Baobás é esse compacto lançado pelo selo recifence Mocambo/Rozenblitz. No lada A do compacto temos Bye Bye My Darling, de autoria de Ricardo Contins (guitarra e vocal), boa composição em inglês com um clima depressivo/melancólico, distante do iê iê iê da jovem guarda. O lado B vem com a versão de Painted it Black dos Rolling Stones, chamada Pintada de Preto e cantada em português com trechos como “não chore mais rapaz por você alguém perder, a vida preta logo irás compreender”. Este compacto foi gravado de madrugada e segundo Carlos (bateria) com a maior pouca vontade do técnico de som e com os escassos recursos da época.
Bye Bye My Baby / Pintada de Preto (Paint It Black) (Mocambo / Rozenblit CS-1.182) – 07/1966
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Os Canibais - Grandes Sucessos (s/d, Mr. Five Music)
Discografia que reúne todo o material lançado pela banda nos anos 60, inclui os compactos de 1966, 1967, 1968, 1969 e todo o Lp homônimo de 1967.
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Os Canibais sempre foi um mistério para os colecionadores e aficcionados mais novatos por raridades dos anos sessenta. Particularmente por conta de seu único LP homônimo, lançado em 1967, contendo estranhas versões para músicas de grupos poucos conhecidos. No álbum, o grupo reinterpreta canções obscuras ou ‘one hit wonder’ dos Kinks, Merseybeats, Searchers, Outsiders e Turtles, além de músicas próprias. Integraram o grupo nascido em 1965, em plena ebulição da ‘beatlemania’, em sua formação definitiva, e presente no único disco gravado, os músicos Aramis (guitarra), Sérgio (guitarra), Elydio (contra-baixo), Max Pierre (bateria), Roosevelt e Horácio (órgão e piano). Além da música, o nome (totalmente punk) de batismo da banda, também soava estranho aos ouvidos da juventude da época.
Fernando Rosa & Nélio Rodrigues (http://www.senhorf.com.br/revista/revista.jsp?codTexto=882)
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Introducción Al Mundo Garajero*
Garage-rock, garage-punk, r'n'b, soul-punk... todos estos nombres y más se pueden leer en cualquier revista especializada y la cuestión a plantear aquí es si todos estos nombres valen para algo o no. Obviamente es 1a manera de saber de qué coño estamos hablando cuando hablamos de música, pero a veces todas estas denominaciones sólo valen para que cuatro snobs de mierda parezca que saben de qué pelotas están hablando (cuando en realidad no tienen ni idea) y en vez de usarlas en beneficio de un mayor entendimiento, se usan para todo lo contrario: para que nadie sepa de qué narices están hablando. Así que, en este número de tu fanzine favorito, vamos a intentar aclarar algo de estos términos.
.A
sábado, 20 de outubro de 2007
Los Saicos - Wild Teen Punk From Peru 1965
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Garage Rock por Roy Shuker
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
História do Northern Soul
Você mora numa cidade perdida em algum lugar do norte da Inglaterra. Centenas de fábricas ocupam o horizonte com chaminés, poluindo o céu com um vômito de fumaça cinzenta e escura. Durante a semana, em uma dessas fábricas, você trabalha numa escravidão das nove às cinco: manejando na linha de produção, varrendo o curral, removendo merda. O trabalho é ingrato, mas ele te paga o suficiente para você viver. Mais importante, ele te paga o suficiente para você sair e dançar. Porque embora a fábrica talvez seja seu trabalho, isso certamente não é a sua vida. Todos os finais de semana, você viaja para outras cidades perdidas do norte, se veste legal, se entope de drogas e dança pra valer músicas obscuras de soul music, sonhando o tempo todo com cantores de impossíveis lugares glamourosos como Detroit, Chicago e Philadelphia. Sua vestimenta é fora de moda, mas bastante prática. Das suas polos brancas da Fred Perry descendo para seus sapatos de sola de couro Ravel, tudo que você veste é para conforto e agilidade. As drogas que você toma também são práticas: um exército de anfetaminas, engolidas para o único propósito de deixar você na pista de dança até o amanhecer. Você dança discos de artistas desconhecidos, de gravadoras que ninguém conhece, cantando canções que pouquíssimas pessoas escutaram até hoje. Porém são esses discos que são seus únicos tesouros, os únicos que você gasta dezenas de pounds - as vezes até milhares - do seu magro salário para adquiri-los. Seus amigos, ainda no rock progressivo ou então descobrindo os moldes pop-glitter do glam rock e Bowie, riem de você. Eles não entendem o mundo secreto que você habita. Eles não entendem as roupas, a música e os rituais da sua existência underground. Na sua cabeça, você faz parte de um grupo fechado, você pertence a um dos mais puros e descontaminados movimentos musicais de todos os tempos. Você é um “Northern Soul boy”.
Exatos quinze anos antes da cultura rave chamar atenção para sua existência, Northern Soul apareceu com quase um plano total. Aqui havia uma cena onde garotos da classe trabalhadora saiam juntos em grande número, vindos de vários lugares e distâncias, para lugares obscuros, para tomar drogas e dançar músicas que ninguém mais se importava. Foi uma cena em que união era tudo. Foi bastante ignorada ou tratada sem respeito pelos sofisticados jornalistas musicais ou pelos clubs de Londres, permitindo que ela se desenvolvesse vastamente, sem perturbação ou observação. E, como no movimento rave (em que a “essência do movimento” divergiu do lado mais mainstream da cena na tentativa de preservar o espírito original da música), Northern Soul acabou num dramático final, assim como os DJs progresivos encontraram sua política/mente musical mais aberta, com forte oposição dos tradicionalistas, a “essência do movimento”. Northern Soul tem sido amplamente descrito como um não-influente movimento musical, mas de fato ele foi um passo muito importante para a criação da atual cultura club e também para a evolução dos DJs. Muitos dos primeiros discos que atingiram as paradas na Inglaterra decorrentes dos clubs vieram dos clubs de Northern Soul. E foram os DJs de Northern Soul que introduziram muitas das inovadoras artes ‘estilosas’ de discotecar e certamente não foi coincidência que o primeiro DJ com aptidão suficiente para tocar House veio de um passado Northern Soul. De fato, até a Disco-Music emergir em New York, graças ao Northern Soul e clubs como Catacombs e Twisted Wheel, a cultura britânica de DJ estava muito mais avançada do que na América. O que o Northern Soul trouxe ao DJ foi obsessão. Pois isso cravou uma incrível recompensa na cultura da raridade musical, fez dele um obsessivo e compulsivo colecionador de vinil. Isso ensinou à ele o valor de discotecar discos que ninguém tinha, de gastar meses, anos e milhares de pounds na procura daquela canção inédita que poderia trazer o público, a audiência sob seu domínio. Mandou o DJ atravessar oceanos para caçar em empoeirados e miúdos armazéns de discos por clássicos desconhecidos, que sua concorrência não tinha e não poderia tocar. Northern Soul mostrou ao DJ como transformar o vinil em pó de ouro.
Um gênero construído do fracasso
Quando Eddie Holland, Lamont Dozier and Brian Holland ouviram o novo hit dos The Four Tops em 1965 pela Motown chamado “I Can`t Help Myself” (o primeiro havia sido “Ask The Lonely”, do ano anterior), perceberam que ele poderia ser bastante influente para uma estranha turma de DJs obcecados por soul-music no norte da Inglaterra. Da abertura com salva de bateria, baixo e piano até os grandiosos arranjos de cordas, e ressonantes e rítmicos vibrafones que serviam de base para a voz de Levi Stubbs, isso rendeu um padrão, uma forma para o Northern Soul. “I Can`t Help Myself” tinha exatamente o tipo de sonoridade que eles queriam no Twisted Wheel. Neste club simples com clima de porão, perto do centro de Manchester, por volta de 600 garotos se espremiam todos os sábados à noite e dançavam os sons mais raros do país. Dançavam até 7h30 da manhã de domingo. O Twisted Wheel abriu em novembro de 1963, localizada em 26 Brasenose Street, como um lugar que varava a madrugada, tocando um mix de blues, early-soul, bluebeat e jazz (no dia 18 de setembro de 1965 ele se mudou para uma segunda localidade, em 6 Whitworth Street). A novidade das festas que varavam a madrugada rolou por um tempo e foi sem dúvida o primeiro a alimentar esses garotos. Mas em dois anos, como o costume nos clubes mudou significantemente, o Wheel poderia se tornar um raro oásis para tal música. Em Londres e no sul, o rock underground começou a dominar. Mas nos clubs do norte, essa tendência não virou moda, não pegou. Talvez por causa que o norte, predominado pela firme classe trabalhadora, se prendeu numa tendência de sessões de soul que se estendia madrugada adentro. Talvez isso rolava simplesmente porque a cultura pop se espalhava mais devagar do que agora. As comunicações entre Londres e o resto do país eram certamente mais limitadas e as únicas revistas relevantes de música se especializaram em rock e pop. Então os “wheelites” (freqüentadores do Twisted Wheel), cheios de felicidades, não estavam cientes de que estavam se tornando um anacronismo, continuando a dançar os contagiantes discos de soul que eles tanto amavam. Havia uma boa razão para o clima rápida das músicas tocadas no Wheel. Sua clientela era presa à velocidade. Eles consumiam pastilhas inteiras de comprimidos de tarja preta, como os prellies e dexys (drinamyl, preludine e dexedrine), tanto comprados dos traficantes dentro do club ou roubados das farmácias. Não era raro freqüentadores que estavam indo para o club pararem no meio do caminho para entrar numa farmácia e roubar essas drogas, e assim conseguir seus sustento para mais uma noitada. “Esses caras ‘bad boys’ tinham que patrulhar de vários jeitos em Wigan,” lembra Ian Dewhirst, “e olhar para as lojas farmacêuticas que não tinham uma boa segurança. E não importava por onde eles entravam, você poderia quase apostar sua vida que alguma farmácia seria assaltada.” Abastecidos por essas anfetaminas, eles dançavam de várias maneiras um específico tipo de música. O tempo rítmico era tudo. Para rolar isso no Wheel, uma música tinha que ser energética o suficiente para deixar agitado os “speed-freak-dancers” - impulsionada por uma urgente e pesada batida Motown, com trompetes e instrumentos de cordas e com um melodramático vocal negro. Essa música não era funkeada, mas era rápida. As letras não falavam de sexo, mas sim sobre amor; melodias sentimentais que provia a trilha sonora da libertação da mente dos trabalhos monótonos das fábricas. “O Twisted Wheel era um lugar incomum, pequeno, com cinco ambientes e pisos de pedra”, lembra Dave Evison, que mais tarde discotecou no Casino, em Wigan. “Bicicletas estacionadas em todos os lugares que você olhava. Levei quatro semanas pra descobrir onde o DJ ficava: ele ficava escondido atrás de uma pilastra velha de metal! Como parte da dança, os garotos costumavam correr e dar pulos, e ver quão alto eles conseguiam pular. Foi uma coisa jovem, ansiosa. Havia um respeito pelos disc jockeys; havia um respeito pelo que ele tocava. Foi uma boa cena”. O que era extraordinário era a mobilidade dos ‘clubbers’ que começaram a ir lá. Aficionados por soul viajavam vários quilômetros para chegar no Twisted Wheel. Se você achava que ninguém tinha sido capaz de deixar sua cidade e ir dançar em outra cidade até a época das raves, pense novamente: esses garotos estavam fazendo isso não em 1989, mas em 1969. “Uma das partes da diversão era de fato viajar até lá”, relembra Carl Woodroffe, que como Farmer Carl Dene iria se tornar um dos DJs pioneiros da cena. “E as rodovias não existiam como elas são agora. A M6, por exemplo, não iniciava até que você fosse no norte de Cannock para ir para Manchester”. Cobertos por roupas normais, ‘wheelites’ como Dene faziam uma jornada até Manchester antes de se ‘transformar’ com ternos bem passados, camisas justas e gravatinhas estreitas. Este estilo, que predominava no Wheel, veio para esses clubbers oriundo dos mods do começo dos anos 60. E, sem dizer respeito ao calor do club, esse era o jeito que você tinha que ficar até voltar pra casa. “Você ficava encharcado de suor, mas tinha que ficar com o terno até sair do club” ri Dene. “Mas com o terno sempre era uma boa forma de você chegar nas garotas. Era ótimo aquilo”. O primeiro Twisted Wheel na Brasenose Street foi onde originou a sonoridade do Northern Soul. O DJ residente Roger Eagle tinha um gosto eclético pela black-music, tocando o blues do Little Walter, o jazz moderno e pesado do Art Blakey, mixando isso com Solomon Burke e o som da Motown do começo. Embora importações fossem escassas no começo dos anos 60 na Inglaterra, ele foi fazendo dinheiro importando discos em xadrez da América, e tocando esses discos desde o começo do Wheel. Entretanto, Eagle viu os ‘speed-dancers’ ditar cada vez mais o clima de seu set. Eventualmente ele ficava frustrado com a cena de anfetaminas que rolava no Wheel, forçando seu eclético playlist em direção a um único e forte clima e tempo rítmico. “Eu comecei o northern soul, mas de fato achei a música muito limitada”, ele conta, “porque nos primeiros dias eu tocava uma música da Charlie Mingus, depois mandava um hit, seguido por uma canção do Booker T., depois uma do Muddy Waters ou do Bo Diddley. Gradualmente, havia essa adoração por uma espécie de som. Quando comecei a discotecar, podia tocar o que queria. Mas depois de três ano, tinha que me limitar a um único tempo rítmico, o que é o que o northern soul é”. Claramente, na época que o Wheel se mudou para a Whitworth Street, essa música tinha se encolhido consideravelmente. Os últimos DJs residentes - Phil Saxe, Les Cokell, Rob Bellars, Brian Phillips e Paul Davies - se concentraram em ritmos mais agitados e rápidos. Naquele tempo, o Wheel era o lugar para se tocar. “Oh, era um lance meio cult no Wheel se você discotecasse lá”, conta Bellars, rindo. “Haviam pessoas implorando para fazer isso!” Embora havia uma considerável variação de estilos e rítmos, os DJs tocavam um soul muito restrito e limitado. “Nós estávamos tocando algo a mais do que era chamado de rhythm and blues, mas depois tocávamos novos lançamentos como Incredibles, Sandy Sheldon e todos os bons discos do EUA. Discotecávamos coisas importadas como “Agent Double-O Soul”, do Edwin Starr. Tocávamos coisas do Revilot e Ric-Tic. Tudo na OKeh veio do Wheel. Eles não eram necessariamente freneticamente rápidos, mas foram os precursores do que ficou conhecido como Northern Soul”. Bellars está preparado para desmentir os falsos boatos que foram espalhados sobre a música do club. “As pessoas diziam que o Wheel só tocava lançamentos britânicos”, ele diz, “mas isso era besteira”. Na verdade, ele e seus amigos caçavam por discos em todos os lugares: da influente loja Corner em Londres, de alguns lugares de Midlands e de lojas americanas, como a Randy, no Tennessee.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
The Real Kids - No Place Fast (Norton, 1999)
Os Jovens - Os Jovens (CBS, 1967)
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record nerd info
disco: Os Jovens
gravadora: CBS
ano: 1967
país: Brasil
Duo vocal formado por Francisco Fraga e João José, que fez relativo sucesso na Jovem Guarda, gravando acompanhados pelo grupo Renato e Seus Blue Caps, principalmente. Gravaram um Lp (1967) e diversos compactos, entre Coração de Pedra, Se Você Me Abandonar e Eu Não Sei. Destaque para Coração de Pedra (bem punk!) e Você Fala Demais, dois 60s hits do cão!